O corte faz parte da revisão do modelo de gestão e governança da estatal, divulgado nesta quinta-feira (28). As medidas podem resultar em uma redução de custos de R$ 1,8 bilhão por ano.
"A revisão do modelo ocorre em função da necessidade de alinhamento da organização à nova realidade do setor de óleo e gás e da priorização da rentabilidade e disciplina de capital, além de fortalecer a governança da Companhia através de maior controle e conformidade nos processos e da ampliação dos níveis de responsabilização dos executivos", afirma a Petrobras no comunicado.
Além do corte de gerentes, a reestruturação envolve a fusão de áreas, centralização de atividades, novos critérios para a indicação de gerentes executivos e responsabilização formal de gestores por resultados e decisões.
Também serão criados seis comitês técnicos, compostos por gerentes executivos, que terão a função de analisar previamente e emitir recomendações sobre os temas que serão deliberados pelos diretores, que serão corresponsáveis nos processos decisórios.
Crise
No centro das investigações de corrupção da Operação Lava Jato, e sentindo os efeitos da alta do dólar e da queda dos preços internacionais do petróleo, a Petrobras viu o valor de suas ações caírem, no início da semana, ao menor valor desde agosto de 2003, vendidas a R$ 4,20.
Com dificuldades de caixa, a estatal também anunciou, há duas semanas, que reduziu seu plano de investimentos para o período 2015-2019 para US$ 98,4 bilhões – uma queda de US$ 32 bilhões, ou 24,5%, ante a projeção inicial.
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/01/petrobras-vai-cortar-pelo-menos-30-do-numero-de-funcoes-gerenciais.html